Um fenômeno interessante acontece no Brasil de hoje. Dois grupos religiosos conservadores, mas que se acostumaram a criticar um ao outro, resolveram se unir, sem assumir nem perceber, sob o mesmo ponto de vista equivocado nesta triste onda de ódio neo-conservador. Bom lembrar que ambos se consideram "do bem" e falam "em nome do amor".
Tanto os espíritas (de Allan Kardec), os "espíritas" (de Chico Xavier) e os neo-pentecostais e alguns evangélicos em geral, assumiram uma postura altamente preconceituosa contra pessoas que defendem ideais progressistas e uma maior justiça social.
Não raramente agem de forma agressiva, lançam mão de calúnias e difamações e demonstram indispostos a qualquer foma de diálogo, acusando seus opositores sob o mais repugnante falso testemunho, provando que dependendo dos interesses, as lições de Jesus, mestre de ambas as tendências, podem ser literalmente jogadas no lixo.
Para legitimar sua agressividade ignorante, resultante da falta de raciocínio estimulado pela fé cega já presente em suas crenças, inventaram que seus opositores seriam uma "ameaça" a sociedade e que suas agressões são "formas de se defender contra quem é nocivo". A capa de religiosidade reforça esta mentira, pois não há nada mais anti-cristão que desejar o mal a quem quer que seja.
A indisposição ao diálogo e a severa acusação sem comprovação a quem não concorda com estes grupos religiosos mostram que a cristandade de ambos não passa de mera fachada para que a sua evidente loucura seja legitimada.
Temerosos de um inimigo inexistente (o suposto "comunismo", tão real quanto o diabo que alegam combater), estes grupos acabam por arrancar de si a máscara de bons e mesmo se auto-rotulando "homens de bem" não conseguem convencer ninguém, pois não dá para ser "do bem" desejando mal aos outros.