A infeliz retomada do "Espiritismo brasileiro

Diz a sabedoria que erros devem ser eliminados logo no início, pois crescidos e multiplicados, se tornam difíceis de serem eliminados. E o "Espiritismo" brasileiro se mostra um câncer cada vez mais difícil de se combater.

O "Espiritismo" brasileiro surgiu fundado por dissidentes católicos que acreditavam em reencarnação e que estavam insatisfeitos com os excessos da igreja dos padres. Resolveram fundar a Igreja dos Espíritos, seguindo dogmas sugeridos pelo dissidente católico por Jean Baptiste Roustaing, contrariando Allan Kardec, seu objeto de bajulação, que queria que o Espiritismo original fosse uma ciência e não uma seita como está sendo até hoje.

Foram 131 anos de muitos erros acumulados. Um período muito longo capaz de consagrar estes erros como "acertos". Finalmente convertido em uma igreja estranha, o "Espiritismo" brasileiros tem tido papel importante no travamento intelectual de seus seguidores, criando um novo tipo de fé cega que se alia à ciência apenas para obter aprovação, resultando na antítese que chamam de "fé raciocinada".

Mesmo com o aumento das tentativas de correção que ocorrem nas redes sociais, onde se tenta retornar ao aspecto científico de Allan Kardec, ou até mesmo pelo aumento desses debates de reparação doutrinária, as formas deturpadas, consagradas pelo médium católico Chico Xavier (que de fato nunca entendeu o Espiritismo, apesar de ser insistentemente atrelado a ele), fortalecem cada vez mais graças aos estereótipos positivos que são atribuídos à deturpada doutrina.

Por ser mais discreto que as outras seitas cristãs e pelo caráter ecumênico resultante da incorporação de inúmeros enxertos (maioria vindos do Catolicismo de Xavier e de seus fundadores), o "Espiritismo" brasileiro atrai muita gente e muita reputação. A versão deturpada ganha respeito até mesmo de ateus, já que falta no Brasil uma pessoa com poder de influência para denunciar os erros cometidos no "Espiritismo" brasileiro.

Para piorar, a FEB, entidade roustainguista que responde oficialmente em nome desse "Espiritismo" estranho, se aliou à mídia para consagrar seus dogmas absurdos e suas lideranças supostamente divinais. Por não estar oficialmente envolvido em escândalos, o "Espiritismo" brasileiro ganha cada vez mais credibilidade e se torna uma opção para quem se decepciona com outras seitas e igrejas. Infelizmente.

Infelizmente porque quem conhece os bastidores do "Espiritismo" brasileiro sabe que "escândalo" é o sobrenome da doutrina no Brasil. Além das deturpações, há muitas práticas estranhas, fraudes, preconceitos, apologia ao sofrimento, enriquecimento ilícito, caridade apenas paliativa, lideranças divinais excessivamente exaltadas, e muito dinheiro circulando. Muito mesmo! 

E esse volume maciço de dinheiro não é para os pobres, pois a quantidade de dinheiro arrecada se aplicada como dizem, teria mudado visivelmente os quadros de pobreza do país. Todos sabem que não, embora finjam acreditar que os "espíritas" sempre ajudam.

mas como nenhum desses fatos infelizmente reais não foram denunciados por nenhum figurão, o "Espiritismo" segue impune com seus inúmeros erros e as suas alianças com a mídia podem tornar o combate a essa versão deturpada destinado ao fracasso.

Infelizmente os brasileiros não fazem parte de um povo racional. É um povo que acredita em qualquer coisa e pões o prestígio de pessoas acima da coerência. A fé cega em lideranças que prometem o céu certamente tem fortalecido as deturpações da Igreja Espírita, que fortalece a cada dia, mesmo que seus erros sejam denunciados nas redes sociais. E assim, a evolução espiritual dos brasileiros permanece estagnada.

A diferença entre o "Evangelho no Lar" e um estudo sério da doutrina

Não adianta negar. O que os brasileiros conhecem como "Espiritismo" na verdade não passa de um Catolicismo light que acredita em espíritos e em reencarnação. Muitos dos dogmas e ritos do "Espiritismo" brasileiro são diretamente importados do Catolicismo, com algumas alterações. E um desses ritos é o chamado Culto ao Evangelho no Lar

Criado supostamente para "estudar a doutrina", o tal "culto" na verdade é um ritual, algo que é totalmente reprovado pelo Espiritismo original. O culto se assemelha a uma novena, onde em uma data fixa (não existe data fixa para o Espiritismo original), familiares se reúnem para ler mecanicamente o Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, mas analisando de acordo com os dogmas da versão chiquista (de Chico Xavier) da doutrina. Ou seja, sem o aprofundamento intelectual necessário.

O culto é feito com um excessivo formalismo e começa e encerra com orações, como se fosse uma mini-missa no lar. mas difere muito do estudo que deveria ser feito na doutrina. Como deveríamos saber, o Espiritismo na verdade seria uma ciência que estudaria tudo que fosse relacionado com a não-matéria. Mas dissidentes católicos que acreditavam em reencarnação encontraram na obra de Jean Baptiste Roustaing uma oportunidade de criar uma espécie de"igreja dos Espíritos", que acabou resultando nesse "Espiritismo" deturpado que está aí a consagrar erros, contradições e falsos profetas.

O verdadeiro estudo espírita deveria ser informal, feito com a mais absoluta espontaneidade, numa hora em que as pessoas envolvidas estivessem dispostas a assimilar e discutir conhecimento. Nunca deve ficar preso a uma obra e esta deve estar de acordo com o assunto pesquisado. Por exemplo, para estudos sobre mediunidade, utiliza-se o Livro dos Médiuns.

Mas deve-se fugir das obras psicografadas, sobretudo as de Chico Xavier a não ser como exemplo de erros e contradições. Xavier e os seus espíritos eram na verdade católicos e segundo a lei de atração, não tinham condições de entender a Doutrina Espírita, por causa de sua formação. Inseridos na doutrina, fizeram um grande estrago que dificulta a té hoje a compreensão doutrinária de seus seguidores, fazendo erros e mais erros acumularem como bola de neve, transformando a doutrina no que é hoje, uma igreja com dogmas irreais e lideranças que espalham erros.

Tudo resultado da falta de estudo sério da doutrina. Algo que nuca seria resolvido pelo Culto ao Evangelho no Lar. Só a ideia de cultuar o evangelho soa estranha para a doutrina, pois "evangelho" é um termo católico e se foi utilizado por Kardec foi para contestação e análise e não para culto.

O formalismo do Culto ao Evangelho no lar não passa de perda de tempo que nada ajuda na compreensão melhor da doutrina, hoje totalmente dilacerada pela invasão dos dissidentes católicos.

"Você e a paz": um engodo ecumênico

Hoje a noite, como em todo 19/12 de cada ano, acontece o evento Você e a Paz. Criado para ser supostamente um movimento para estimular a paz entre as pessoas, na verdade não passa de uma missa ecumênica para celebrar o Natal. Inclui membros de várias religiões, sobretudo cristãs e a liderança do evento sempre cabe ao médium-estrela Divaldo Franco, um dos maiores deturpadores da Doutrina Espírita, apesar de ser bastante carismático.

O evento não deveria ser levado a sério, pois, como falei aqui, não passa de uma missa ecumênica. Depois de anos sendo realizado na praça do Campo grande, em Salvador, Bahia, o evento tem sido bastante inútil na transformação das pessoas, pela pieguice e pelo proselitismo religioso que apesar de ecumênico (inclui várias seitas), nada tem de laico e muito menos de racional.

A paz de fato só será conquistada com o desenvolvimento intelectual, com o divórcio definitivo da fé (que é sinônimo de credulidade) e do desprezo aos dogmas religiosos que na verdade são lendas criadas para entreter e servir de metáfora para moralismo frouxo.

Quem quiser ir, que vá. Terá bons momentos de sentimentalismo puro. Mas não vá achando que irá mudar o mundo com pieguice cristã. O evento a cada ano tem perdido público e mesmo sendo divulgado insistentemente, só consegue chamar a atenção dos frequentadores assídios da praça, que estão ali não ara o evento, mas o  assistem por mera curiosidade.

E ainda mais a liderança de um deturpador como Divaldo Franco, que apesar de se rotular como "espírita", nunca entendeu o Espiritismo e espalha pelo mundo a contaminada deturpação, é discípulo do falso espírito Ramatis, divulga a absurda tese das crianças índigo, acredita em horóscopo e astrologia e acha que Deus é uma pessoa do sexo masculino. Para promover a paz, precisávamos de um líder muito melhor do que este. De preferência bem longe de qualquer religião.

O difícil combate ao Pseudo-espiritismo na Bahia

Graças ao estudo sério das obras de Kardec, percebemos que muitas coisas que se apresentam em nome do Espiritismo no Brasil não passam de enxertos e distorções. Nos últimos anos, graças a internet, está havendo uma dedicada luta para o resgate da filosofia original kardeciana e a recusa desses acréscimos inúteis que só prejudicam a compreensão da doutrina.

Em vários estados temos combatentes: no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco, Fortaleza e alguns outros, encontramos pessoas dispostas a estudar melhor o Espiritismo e eliminar definitivamente a fé cega de algo que surgiu como ciência, após muitas e muitas pesquisas.


Mas em um estado, onde vivi durante anos, a Bahia, o festival de distorções resultante da não leitura adequada das obras de Kardec (embora haja um puxa-saquismo em torno dele) ainda se mantém forte e muito longe de acabar. E há um forte motivo para isso.

Os maiores médiuns estrelas são da Bahia


O motivo tem nome. Ou melhor: dois nomes: Divaldo Franco e José Medrado. Assessorados por espíritos de padres católicos, eles atraem multidões em suas palestras que nada tem de Espiritismo, tem muito de moral, paz, amor, caridade e só. Inserem alguns "causos", muitos bem-humorados, somente para que as pessoas se tornem mais "bondosas". Isso dentro das limitações da bondade religiosa.

Muitas palestras contém erros de informação, distorções doutrinárias, informações inúteis e música, muita música. Isso baseado na falácia de que cantorias são "obrigatórias" para "purificar" o ambiente.

Graças ao prestígio desses e de outros médiuns, fica quase impossível combater as distorções doutrinárias, já que quem as contesta, não possuí a fama e o prestígio dos responsáveis pela distorção. E com o apoio imenso de grandes multidões a essa forma distorcida da doutrina na Bahia, o jeito para quem quer realmente seguir as conclusões lógicas de Allan Kardec é não se assumir espírita e se isolar dessa festa toda, estudando silenciosamente o que o mestre lionês pesquisou. 

Isso até o dia em que aos poucos aumente a quantidade de contestadores dessas distorções e surja alguém com o mesmo prestígio desses médiuns que esteja disposto a devolver a coerência e o bom senso a Doutrina Espírita, longe de espíritos oriundos de religiões alheias a causa espírita.

A Desonestidade Doutrinária do "Espiritismo" brasileiro

Não há nenhum problema em ter fé e defendê-la. Desde que não interfira na realidade cotidiana, a religiosidade é saudável e enriquece culturas, servindo de consolo para aqueles que ainda não conseguiram ter uma melhoria de vida. Uma espécie de distração a fazer enquanto se espera pela prosperidade.

Mas a fé deve ser honesta e fiel consigo mesma. Infelizmente há uma religião em que se observa uma traição aos princípios alegados, transformando-a em uma seita desonesta, onde na teoria se defende um ponto de vista e na prática o seu oposto: O "Espiritismo" brasileiro.

O "Espiritismo" praticado no Brasil é uma versão deturpada da doutrina, onde em tese se vê um culto à Allan Kardec, codificador da doutrina original, ao mesmo tempo que é escancarado o desprezo as obras do mesmo, preferindo a adoção de teses estranhas, na verdade escritas pelo algoz de Kardec, Jean Baptiste Roustaing, o verdadeiro mentor que os "espíritas" brasileiros não querem admitir.

Tudo que o "Espiritismo" defende em seu repertório ideológico na verdade corresponde ao que está escrito na obra Os Quatro Evangelhos, escrito por Roustaing. Estranhamente, o nome deste autor é conhecido apenas pelos críticos da deturpação "espírita", pois os brasileiros que pensam que são "espíritas" preferem atribuir a Kardec a autoria das ideias roustainguistas. Uma verdadeira troca de bolas que confunde e emperra definitivamente a compreensão doutrinaria. E por isso que o "Espiritismo" se transformou em uma doutrina especulatória, montando seu repertório de dogmas com base "no que disseram".

E as "grandes lideranças" do Movimento "Espírita", ao invés de corrigir e educar seus seguidores, reforçam os erros, passando adiante, criando uma bola de neve crescente que soterra de uma vez por todas o Espiritismo original, aquele codificado por Allan kardec. Kardec, no Brasil, acabou se reduzindo a uma espécie de cartório que só serve para autenticar as bobagens difundidas pelas lideranças "espíritas" que na verdade seguem Roustaing.

Mas porque não assumir Roustaing?

Estas lideranças, incluindo "peixões bem grandes", portanto "mestres" consagrados, cometem o que podemos tranquilamente denominar de DESONESTIDADE DOUTRINÀRIA. É quando um ponto de vista defendido teoricamente é recusado na prática, causando uma confusão doutrinária que abre caminho para contradições e mentiras que na verdade servem para submeter seus seguidores à fé cega que lhes fará marionetes destas lideranças.

Mas porque gente como Divaldo, Simonetti e Carrara, além de outros, não assumem definitivamente o Roustaing que seguem na prática? Sabe-se que eles só recorrem a Kardec quando é de seus interesses, quando Kardec serve para "confirmar" as suas mentiras doutrinárias. Roustaing claramente é o mestre máximo dessas lideranças e Os Quatro evangelhos, seu verdadeiro manual ideológico.

Não se sabe o real motivo que impede a essas lideranças de assumirem publicamente o Roustaing que seguem na prática. Uma hipótese é a falta de carisma de Roustaing, detentor de uma biografia sem detalhes e da ausência de imagens. Sem uma estória comovente e sem uma imagem a ser cultuada (o "Espiritismo"brasileiro, na verdade um Neo-catolicismo enrustido,cultua imagens sim, mas fotos e desenhos, ao invés de estátuas), Roustaing não possui um perfil que pudesse ser carismático perante os fiéis da Igreja dos Espíritos.

Isto é apenas uma hipótese. O que é confirmado é que Kardec possui uma biografia e uma imagem mais carismática que Roustaing não possui, servindo melhor de suposto líder doutrinário. Mas seus livros são científicos demais e há pontos nas obras de Kardec que batem contra os interesses das lideranças "espíritas". O Livro dos Médiuns, por exemplo, derruba sem dó nem piedade deturpadores como Chico Xavier e Divaldo Franco, se utilizando de poucas palavras. Leiam e confirmarão.

Enquanto o "Espiritismo" brasileiro ficar brincando de ser kardecista e ignorar seu verdadeiro mestre J.B. Roustaing, estará praticando DESONESTIDADE DOUTRINÁRIA e com isso agindo como uma "Tábua Ouija" em forma de seita a atrair espíritos mal intencionados como Emmanuel a destruir toda uma doutrina em prol do atraso humano gerado pela fé cega em dogmas absurdos. 

Sejam honestos, líderes "espíritas". Vocês nunca foram espíritas de verdade! Assumam que seguem outra coisa, outra doutrina, e lhes deixaremos na santa paz.

O que os "espíritas" brasileiros devem fazer para merecer respeito

Muitos "espíritas" chiquistas, que vivem deturpando as obras doutrinárias, vivem exigindo respeito. Cientes que a Constituição Federal lhes dá direito a crença, alegam que as críticas recebidas são uma forma de intolerância e portanto uma ofensa ao direito de crença. Até ai, eles estão certos e eu concordo com isso.

Mas o que os "espíritas" de Chico Xavier deveriam saber que as críticas não são direcionadas a fato deles crerem ou não. Criticamos na verdade a postura dúbia e portanto desonesta que eles adotam sem assumir. Vivem se assumindo "kardecistas" discordando o tempo todo do que Kardec escreveu. Se limitam a debater moralismo cristão para depois fingirem ser "cientistas que estudam a vida pós-morte", quando na prática, nada se vê de científico.

Há muitas décadas tentam alimentar um erro grave de falsidade doutrinária, fingindo seguir o que nunca praticam. Contradições se acumulam entre o Espiritismo de Kardec e o "Espiritismo" praticado no Brasil. O que na França surgiu como uma ciência a estudar tudo que não faz parte do que entendemos como matéria se tornou, no Brasil, uma seita igrejista de fé cega e um monte de enxertos católicos acrescidos de misticismos estranhos e bruxaria "branca".

O que falta para "espíritas" brasileiros para terem um pouco de honestidade doutrinária? Simples: assumir que o que seguem nada tem a ver com o Espiritismo original. É fazer os "espíritas" assumirem que não são espíritas.

Listo aqui algumas das principais atitudes a serem tomadas para que aqueles que acreditam ser "espíritas" sejam honestos e assumam seguir uma crença própria, criada no Brasil. Se eles fossem honestos, certamente não seriam objeto de criticas como ultimamente tem sido.

1) ASSUMIR UM NOVO NOME PARA A DOUTRINA:
Esqueçam a palavra "Espiritismo". Este termo foi patenteado por Allan Kardec e deve ser utilizado apenas pra definir a doutrina que ele codificou. Existem muitas possibilidades de nomes mais corretos para se definir o que é praticado no Brasil, que na verdade tem influência de Jean Baptiste Roustaing, que foi o verdadeiro mentor de personalidades como Bezerra de Menezes, Chico Xavier e Divaldo Franco, embora os dois últimos nunca tivessem assumido isso publicamente. Igreja da Reencarnação seria uma boa sugestão de nome.

2) ESQUECER DE UMA VEZ POR TODAS ALLAN KARDEC E SUA OBRA:
Assumam o que fazem na prática. Quem não estuda Kardec nunca pode se assumir Kardecista. Porque bater o peito dizendo "Eu sou Kardecista", seguindo Chico Xavier, aquele que mais contestou o codificador francês? Nada disso. Se nunca estudam Kardec não há como falar em Kardec. Ou estudam de maneira detalhada as obras do codificador, corrigindo todos s erros que foram inseridos na doutrina brasileira ou assumem que seguem algo diferente e esqueçam definitivamente o nome do codificador. Bajulação nunca foi, nunca é e nunca vai ser sinônimo de fidelidade doutrinária.

3) SE CHICO XAVIER É SEU MESTRE, ASSUMAM ELE COMO LÍDER:
Os "espíritas" brasileiros seguem Chico Xavier e o definem como seu mestre máximo. Apesar de bajularem com insistência Allan Kardec, veem no médium mineiro a sua verdadeira liderança e alguém a lhes dizer o que deve ser feito. Seria muito mais honesto assumir que Xavier é o verdadeiro sacerdote dessa igreja dos espíritos e utilizar do nome Chiquismo para definir o que acreditam. Não dá para cultuar simultaneamente dois senhores tão contraditórios. Ou seguem um, ou seguem outro.

4) ADMITIR QUE SEGUEM UMA IGREJA NADA CIENTÍFICA:
Esqueçam esse negócio de "fé raciocinada". É altamente desonesto falar em uma "fé raciocinada" que nunca raciocina. Está mais do que explícito que o "Espiritismo" brasileiro é totalmente irracional, pura fé cega, com direito a dogmas próprios tao delirantes quanto os dogmas de outras seitas e igrejas. Se a fé é um direito, para que este direito seja mantido, é necessário que ele seja assumido em suas características práticas. Não há problema algum em uma religião se assumir como fé cega. Mas meter a ciência e a razão no meio de um monte de dogmas sem sentido é nocivo, criando um festival de confusões, dificultando o entendimento doutrinário e "vendendo gato por lebre". Não há nada mais corrupto e desonesto que falar em razão oferecendo dogmas de fé cega, facilmente desmentidos e anulados pela pesquisa científica.

5) MORAL CRISTÃ NÃO É CIÊNCIA:
O que se observa na seita que os brasileiros chamam de "Espiritismo" não passa de um desfile de ideias do moralismo cristão bíblico, apesar de insistentemente ser confundido com "ciência" ou "fé raciocinada". Pouco ou nada se difere das outras seitas cristãs e o ideal é que os "espíritas" brasileiros assumam que o foco deles é apenas no moralismo cristão, assunto de 99% das palestras supostamente "espíritas". Também não ha nada de errado em focar o moralismo, desde que se assuma com honestidade que está se fazendo isso e que nada tem a ver com ciência e racionalidade. A fé é um direito, mas para ser garantido é necessário que se admitido em sua realidade prática. Lembrando: você pode acreditar em que quiser, desde que assuma em que você está acreditando.

6) LER MAIS AS OBRAS DOS MESTRES QUE DEFENDEM:
Boa parte da confusão causada se deve ao fato de que seus defensores não leem as obras de qualquer um dos dois lados, seja do kardecismo, seja do chiquismo posto em prática. Por não conhecer o conteúdo verdadeiro das obras, seja quais são, acham que todas falam a mesma coisa, o que faz crer em fidelidade doutrinaria. Mas se defendem tanto Chico Xavier, que tal estudar as obras dele e verificar se estão realmente de acordo com a doutrina original? E se as obras de Xavier parecem mais agradáveis e concordantes, porque não os "espíritas" brasileiros descartarem o Kardec que nunca gostaram e assumir de vez o Chiquismo que tradicionalmente seguem? Seria coerente que os brasileiros assumissem de uma vez por todas quem é o seu mestre, parando de misturar doutrinas. Seguir uma linha determinada e assumi-la é um sinal de honestidade doutrinária.

7) ASSUMIR PUBLICAMENTE O QUE É POSTO EM PRÁTICA:
O "Espiritismo" brasileiro virou uma seita que na teoria é uma, na prática é outra. Uma igreja de enxertos católicos que acredita em reencarnação (repararam na palavra "acredita"?), que não se dedica a pesquisas sérias, vive usando a ciência apenas para autenticar dogmas impossíveis de existirem na realidade, deveria assumir publicamente o que faz na prática, parando de fingir ser a "tradução fiel" do Espiritismo francês. É um direito de seus seguidores acreditarem no que quiserem, desde que admitam isso com honestidade, sem misturar ideologias opostas. 

São essas as atitudes mais básicas para a honestidade doutrinária. Há mais, mas nosso tempo e espaço é limitado. Mas se os "espíritas" brasileiros assumissem a sua verdadeira crença, passando bem longe do Kardec que na prática insistem em ignorar, seria uma boa maneira deles deixarem de ser objeto de críticas. Até porque a desonestidade doutrinaria é o verdadeiro motivo das críticas feitas aos "espíritas" brasileiros.

Kardec reprova quase tudo do que é feito no Brasil sobre o nome de "Espiritismo". É mais do que urgente, apesar do longo tempo em que o erro tenha sido disseminado, que o que é feito no Brasil passe a adotar outro nome e creditar suas verdadeiras lideranças.

Pois o que os brasileiros conhecem como "Espiritismo" nada em a ver com a doutrina de Kardec, tendo apenas o nome da doutrina e o nome do codificador como pontos em comum, contradizendo o tempo todo no resto. O que é feito no Brasil é outro tipo de filosofia e isso precisa ser admitido.

O esperanto e o mito da Torre de Babel

Eu havia falado recentemente sobre o esperanto e o grande interesse do Espiritolicismo (forma deturpada do Espiritismo que ainda é forte no Brasil). Uma coisa que eu não havia reparado e foi alertada pelo meu irmão é que o interesse desse "Espiritismo" caricato e algumas religiões cristãs pelo idioma pode estar relacionado com o mito da Torre de Babel e com a utilização do idioma como forma de confraternização universal, o que parece ser uma bobagem. Segundo meu irmão, o interesse das religiões pelo esperanto pode representar uma tentativa de reverter o que aconteceu no mito da Torre de Babel.

Como uma pessoa formada em Letras (embora não tenha vocação nesta área - sou mais um administrador por vocação), sei que a estória da Torre de Babel não passa de uma lenda a entreter quem gosta de acreditar em mitos. Idiomas não surgiram desta forma, mas como religiões são mitologias, lendas ganham status de "fatos". Mas vamos conhecer a lenda para tentar entender isso.

A lenda da Torre de Babel

Trocando em miúdos, a lenda fala da iniciativa de pessoas a construírem um gigantesco templo que alcançaria os céus. O suposto Deus (antropomorfizado) não gostou de ver as pessoas tentarem alcançá-lo e se vingou lançando como praga a criação de vários idiomas, um para cada pessoa, para que não se entendessem e com isso interrompessem a construção da tal torre. 

Esta lenda seria na verdade uma metáfora para o não entendimento entre as pessoas de ideias diferentes, como se alertasse que se as pessoas não se entendessem, os objetivos nunca seriam alcançados. Isso é uma interpretação minha, mas faz bastante sentido.

Mas a lenda, atribuída ao surgimento dos idiomas (o que sinceramente me parece absurdo, se analisarmos as características léxicas, sintáticas, semânticas e fonéticas dos idiomas em toda a História mundial), agrada aos religiosos, já que como narrativa bíblica, soa para eles como "verdade". O fanatismo religioso cega a razão e impede análises profundas do que é ou não fato na bíblia, já que muitas das estórias bíblicas são lendas, pois era comum usar lendas pera explicar as coisas na Idade Antiga. Só que a Bíblia não especifica o que é ou o que não é lenda, gerando tal confusão (seria a lenda da Torre de Babel a previsão metafórica sobre as confusões bíblicas? - isso pode ser discutido em texto a parte: o que acham?).

O que o esperanto tem a ver com isso?

Segundo a observação interessante dita pelo meu irmão Alexandre, o esperanto seria uma tentativa de reverter a confusão gerada pela "revolta divina" pela construção da Torre de Babel. Como a confusão resultante da diversidade linguística supostamente oriunda do episódio desuniu as pessoas, o esperanto seria uma forma de reunir as pessoas em uma só língua, usando a fala como elemento unificador da humanidade (o que é verdade, mas não exclusivamente).

O esperanto surgiu para facilitar a comunicação entre as pessoas. Quando foi criado, nada tinha a ver com religião. Mas a ideia de utilização de um idioma único como forma de confraternização e entendimento, fascinou os religiosos, que passaram a divulgar o idioma.

Como atualmente o esperanto é mais divulgado entre os meios místicos, gerou um estigma negativo ao idioma como "linguagem de místicos", enfraquecendo a adesão. Somando a isso, a difusão do inglês e do castelhano como idiomas comerciais dispensou o conhecimento de esperanto, frustrando o objetivo inicial de quem criou esse idioma.

De qualquer forma, tanto a lenda da Torre de Babel, como a transformação do esperanto em idioma único da humanidade são na verdade resultado de crenças. O que interessa mesmo é haver uma comunhão de ideias, com o desenvolvimento da vontade de contestar, de analisar e de utilizar o discernimento. Só assim, poderemos separar fatos de opiniões e gerar um pensamento não digamos único, mas concordante, pois há ideias que não podemos recusá-las de tão lógicas que são. Mas aceitar ideias sem verificá-las, só por fé, é um grave erro que manterá a eterna confusão ideológica que causa tantas brigas entre as pessoas nos dias de hoje. 

Incoerentes nunca concordam com os coerentes. Nem mesmo com os próprios incoerentes.

Esperanto, pode ficar esperando...

Uma discussão em uma comunidade - realmente - espírita no Facebook (espírita, não chiquista da FEB), me fez pensar em escrever um tópico falando sobre o esperanto. Apesar de não ter sido criada para o "Espiritismo" brasileiro (assim como o latim não foi criado para o Catolicismo), os seguidores da FEB e de Chico Xavier são os maiores difusores do esperanto, pelo menos no Brasil dos dias de hoje. Tal como o latim foi para os católicos, os pseudo-espíritas pretendem fazer o mesmo com o esperanto.

Não vou aqui me alongar sobre o que é o esperanto. Coloco a disposição este link para vocês conhecerem melhor sobre a língua. Vou me limitar aqui a falar da relação entre este idioma criado artificialmente e o Pseudo-Espiritismo, falando dos aspectos do esperanto que se relacionam com a forma deturpada de Espiritismo que é erroneamente difundida no Brasil.

Criada para facilitar a comunicação entre falantes de diferentes idiomas, o esperanto acabou se tornando personagem de um fantasioso dogma defendido pelos pseudo-espíritas que o tratam como idioma do futuro da humanidade. 

Creem os pseudo-espíritas (os espíritas seguidores de fato de Kardec não acreditam nisso) que a humanidade terá uma única crença (o que eles entendem como o Espiritismo, na verdade o Espiritolicismo) e falará um só idioma, o esperanto, que eles acreditam não ser um idioma comum e sim uma verdadeira forma de confraternização universal em forma de linguagem. O fato do esperanto ter uma bandeira pode reforçar esta crença, acrescentando a ela a ideia de que a humanidade se reunirá em uma só ração.

Revistas, palestras e cursos dados por pseudo-espíritas tentam difundir o idioma pelo país, gerando um estigma errado de que o esperanto é a língua dos "espíritas" (obviamente se referindo aos  pseudo-espíritas, seguidores de Chico Xavier, não de Kardec). Não é, embora os pseudo-espíritas sejam os mais interessados na difusão do idioma, por ele estar de acordo com a crença no falso procedimento de evolução planetária e espiritual.

A intenção de criar o esperanto foi boa. Mas ela não parece necessária, pois o inglês e o espanhol tem suprido bem a função de idiomas mundiais. Graças às religiões e ainda mais o Pseudo-Espiritismo, o esperanto acabou estigmatizada como língua de exotéricos, enfraquecendo sua função original.

Esquecido pelos laicos e estigmatizado como língua de místicos, o esperanto pode desaparecer definitivamente, após se tornar chacota feita por quem prefere um idioma mais objetivo e que não esteja ligado a nenhuma forma de crendice mística a defender um mundo que só existirá na imaginação de seus seguidores.

Seria o esperanto um idioma de um mundo fictício?

Não somos brasileiros. Estamos brasileiros. E um dia deixaremos de ser

O patriotismo na verdade é um sentimento materialista. Se ainda temos que cultuar símbolos cívicos e amar um pedaço de terra é porque ainda estamos atrasados e não temos a condição de entender que a nossa verdadeira pátria é o universo em toda a sua extensão. Somos limitados e infelizmente somos educados a sentirmos felizes nesses limites.

Não dá para entender porque muitos que se dizem espíritas se afirmam patriotas e ainda tremem quando ouvem o Hino Nacional que, cá pra nós, é bem rebuscado, prolixo e seu conteúdo está bem aquém e além da realidade de nosso país. Temos um hino cuja letra é pura ficção e ainda endeusamos a mesma.


Adorar símbolos cívicos pode até parecer bonito, mas convenhamos: o que há de respeitoso em adorarmos pedaços de pano, escudos de metal, e um hino sem sentido, além de um monte de areia, se ainda não aprendemos a amar a verdadeira riqueza de nosso país: as pessoas que vivem nele?

Do contrário que muitos "espíritas" lunáticos pensam, o Brasil não está próspero e ainda estará bem longe da prosperidade. Líder mundial? Tem que ser muito infantil para acreditar que o Brasil vai liderar o mundo nas condições em que se encontra, com problemas sem solução e uma população que ainda não aprendeu a usar o discernimento e que só sabe promover brigas em redes sociais, por causa da teimosia dos incoerentes. Estamos muito, mais muito longe de sermos um exemplo para o mundo. Creio que no mínimo uns 10 milênios sejam necessários para isso.

Se não bastasse a nossa historiografia toda ter sido contada através de lendas alucinadas, ainda temos que engolir a farsa da tese da "liderança mundial", onde se crê que no início do século XXI, o Brasil liderará o mundo. Acordem, crianças! E amadureçam!

Vamos curtir os festejos do Dia da Pátria, mas sabendo que são apenas festejos. Como aquela festa infantil cheia de balões, com doces na mesa e palhaços no palco. Quando a maturidade chegar, daqui a muitos milênios, vamos perceber que todo esse culto foi inútil e só serviu para nos ajudar a fugir da verdadeira luta que a suposta brava gente tem a missão de seguir: a de contribuir para uma sociedade mais justa e sem problemas. Mas isso é muito mais difícil do que segurar bandeirinha e sorrir para soldados.

Mais difícil até do que entender a absurda e complicada letra de nosso hino.

"Espiritismo" brasileiro, a doutrina do "ouvi dizer"

Já repararam que boa parte dos dogmas do Espiritolicismo, são na verdade consagrados pela difusão boca-a-boca, sem qualquer tipo de estudo ou análise? 

O Espiritolicismo, nome que poderia ser dado a essa forma destrambelhada de Espiritismo que predomina no Brasil graças ao não estudo das obras kardecianas e a inserção de um monte de enxertos estranhos, em sua maioria Católicos (Chico Xavier e os fundadores da FEB eram dissidentes católicos), além da pieguice doentia que trava o cérebro e cega corações, tem dogmas totalmente surgidos "do ar", difundidos e espalhados através de palestras e conversas entre gente comum.

Apesar dos livros psicografados (e não-psicografados também, além dos pseudo-psicografados - como há coisa!) serem superestimados e aceitos sem qualquer tipo de verificação de autenticidade de seu conteúdo, boa parte dos dogmas se consagra pelo prestígio de centros, personalidades, espalhados de pessoa para pessoa, como uma regra social.

E aí é aquela coisa: "ouvi tal médium dizer", "o palestrante disse que", "o espírito ditou", etc. Tudo aceitado cegamente, com irresponsabilidade total. Como se o prestígio de quem disse pudesse servir de confirmação lógica para os dogmas. Dogmas que na verdade são difundidos como se fizessem parte de uma fofoca.

E desta forma, toda a deturpação da doutrina segue intacta, impedindo a compreensão da obra doutrinária original e travando ainda mais a evolução espiritual das pessoas, principalmente a de seus supostos seguidores.

Forma deturpada do Espiritismo enfraquece cada vez mais na internet. Fora dela, ainda segue com plena força

Se depender da internet, espíritos como Bezerra de Menezes, "André Luíz", Emmanuel, Yvonne Pereira, Chico Xavier e palestrantes como José Medrado e Divaldo Franco, terão que fazer seu proselitismo para as paredes. Os principais deturpadores da Doutrina Espírita e seus similares menos famosos estão comendo a poeira lançada por inúmeros debates que pretendem devolver o caráter científico original à Doutrina Espírita. 

A tarefa ainda é árdua, pois mesmo entre os críticos desses totens e dos abusos cometidos pela FEB (Federação "Espírita" Brasileira, responsável pela deturpação), há os que desejam poupar um e outro aspecto da deturpação, sobretudo o caráter de religiosidade (no mesmo sentido que as religiosidades católica e protestante). Mas mesmo à conta-gotas, os avanços são perceptíveis.

Claro que os espiritólicos, nome que dou aos defensores e difusores da deturpação espírita, ainda são fortes na rede. Sites tentam inclusive forjar teses "cientificas" para tentar provar a falsa veracidade de alguns dogmas, como a presença de Emmanuel na codificação (na verdade foi um xará, ideologicamente oposto ao obsessor de Chico Xavier) e a absurda teoria que diz que Xavier foi Kardec reencarnado, o que as obras da codificação kardeciana provam de maneira clara e sem qualquer tipo de hesitação ou contradição, que é impossível.

Mas os fóruns sobre Espiritismo intensificam cada vez mais o combate a essas tolices espiritólicas que tentam provar absurdos, na tentativa de transformar o Espiritismo, que nasceu ciência, em uma religião dogmática como as outras já são. Mas infelizmente, fora da internet, o espiritólicos ainda encontram a sua total força.

As mídias televisiva e impressa ainda definem como "Espiritismo" esta forma deturpada, elegendo ainda o médium católico Chico Xavier, como símbolo máximo desse "Espiritismo". Centros "espíritas" (muitos filiados a FEB ou sustentados por ela) continuam a fazer palestras difundindo erros doutrinários ou se limitando a fazer explanações prolixas sobre amor ou temas sentimentais.

A única oportunidade conhecida de recuperação doutrinária que fugia do Espiritolicismo, existia na TV Focus, do município de Friburgo, estado do Rio de Janeiro, através do programa Terceira Revelação, apresentado pelo pesquisador espírita José Manoel Barboza. Com morte de Barboza, o programa foi extinto e a sua missão acabou confinada ao Centro Espírita Friburguense, que tinha o pesquisador como diretor-presidente e um dos pouquíssimos centros em todo o país a buscar a coerência doutrinária, o que deve ser um privilégio para os habitantes de Friburgo.

Mas tirando este caso, infelizmente inativo, fora da internet, a deturpação segue bem forte. Obras no cinema e na TV são ainda produzidas para continuar a espalhar a deturpação, infelizmente com aceitação maciça, sobretudo dos católicos que pensam que são "espíritas", sustentadores da permanência da versão deturpada. 

Mas na internet o combate a deturpação segue cada vez mais forte, mesmo com reações. Os centros "espíritas" estão combativos e até lançaram uma espécie de "contra-reforma", mandando abrir palestras com frases e textos atribuídos a  Emmanuel e exaltar ainda mais os seus totens como "enviados diretos de Deus", para que não possam ser contestados. Uma prova de fé cega tão frequente nos outros credos e que só atrapalha a compreensão real do mundo que os espíritos sérios que participaram dos estudos que resultaram na codificação nos mostraram. Ou pelo menos tentaram mostrar.

Continuemos com os debates na internet. E que um dia os totens espiritólicos como os citados no começo deste texto possam ser eliminados definitivamente da historiografia espírita, sem chance de serem associados novamente à doutrina.

Bomba! Só agora estamos entrando na categoria "Provas e Expiações"

Isso mesmo que você leu. Não me enganei, não. Somente agora, estamos tendo plenamente as características que definem este planeta como "de Provas e Expiações". E não adnata se contorcerem, pois, se olharmos ao redor, é justamente isso que está acontecendo.

Kardec, seguindo orientações dos espíritos que participaram de sua pesquisa, falou que as transições de fases da evolução espiritual do planeta seriam bem lentas e graduais. E põe lentidão nisso, já que depende da mudança de pensamento de zilhões de indivíduos, a maioria indisposta a qualquer mudança. O período em que a humanidade está na Terra é bem curto demais para que estejamos em direção a uma terceira fase.

O que nos diz que estamos deixando na verdade o estágio de "planeta primitivo", caracterizado pelas barbáries. E nota que ainda temos focos de barbárie - não é preciso ir muito longe: os traficantes ainda usam a barbárie primitiva como regra de atuação. Concluído o processo de transição, somente agora pudemos ter de maneira bem nítida as características que correspondem a um planeta de provas e expiações.

Estamos muito aquém para um estágio superior ao que nos encontramos

A própria característica da coletividade não permite que estejamos acima disso. Estamos cada vez mais burros, não sabemos resolver nossos problemas e ainda agimos com total infantilidade, apelando para ilusões (religião, lazer fútil, drogas, etc.) para fugir dos problemas que vivemos recusando em resolver. Ainda confiamos demais em autoridades falidas que ainda nos parecem divindades, senão com o título, mas pelo menos com o prestígio, que exige um respeito cego que soa bem impune a essas autoridades sem competência para liderar e administrar.

O nosso corpo ainda bem pesado e vulnerável à doenças ainda sinaliza essa fase da humanidade. Se tivéssemos entrando na fase de regeneração, não somente o intelecto e o senso moral estaria muito mais avançado, como nosso corpo seria resistente a boa parte das doenças e seria mais leve que o atual. Não é preciso ser espiritualista para perceber isso. É só olhar para o nosso corpo e saber que ainda estamos no início de nossa caminhada.

Os espiritólicos (deturpação do Espiritismo defendida pela FEB) que acreditam que estamos em regeneração não usam a razão, indo na fé cega e no prestígio de líderes religiosos que só fazem mentir. Muitos até acham que "regeneração" é quando o bem domina, quando o Evangelho Segundo o Espiritismo mostra que neste estágio, o bem e o mal disputam cabeça a cabeça o instinto coletivo. É o que o Antigo Testamento chama de "Armagedom".

Na verdade, os espiritólicos tem uma pressa de evolução. Isso é nítido na ânsia de classificar qualquer espírito que lhe pareça bondoso de "ser superior", quando na verdade é tão falível quanto qualquer ser humano do planeta terrestre. Não coloquemos os carros na frente dos bois. Tudo tem a sua hora, atémesmo a hora de atingir a superioridade. Conformemos com o nosso estágio.

O que importa é que estamos nos evoluindo, seja qual for o estágio da humanidade

Fiquemos calmos. Pros que acharam que a novidade que eu lhes trouxe é uma má notícia, eu discordo plenamente. Isso não significa que não estamos evoluindo. Pelo contrário. Mesmo estando em um estágio inferior ao que pensávamos estar, não estamos estacionados. Aos poucos vamos revendo nossos valores e lutando para sair da inércia intelectual. Os temas debatidos em redes sociais já mostram uma vontade de mudança.

Ou seja, o que interessa  é que estamos andando, estamos crescendo. Não interessa em que estágio nos encontramos. Importa é fazer as lições do tempo presente para que aí sim, possamos acelerar a nossa evolução e chegar de fato ao estágio que gostaríamos de estar. 

Porque sociedades mais evoluídas não são religiosas


Evidências mostram que sociedades mais evoluídas do planeta são menos religiosas. Embora os brasileiros considerem as religiões como "sinal de avanço", na verdade ela indica o oposto, pois pelas características, a religiosidade ajuda muito a travar a compreensão  do mundo, desestimulando o desenvolvimento intelectual, consagrando absurdos e cultuando seres imaginários.

É claro que uma atitude que estimula a ilusão fanática, desestimulando o intelecto certamente trava qualquer sociedade. E ainda mais a brasileira que a cada ano entra em um processo intensivo de mediocrização intelecto-cultural que transforma o nosso povo em um bando de ingênuos que preferem fugir dos problemas do que resolvê-los, deixando o Brasil na pior por séculos.

As religiões na verdade não passam de mitologias. Se fossem vistas apenas como entretenimento, elas não fariam nenhum mal. Mas o problema é que os dogmas religiosos representam a realidade para quem acredita. Uma realidade que para eles, não precisa ser provada. E aos poucos muitos absurdos vão se tornando "verdades" absolutas difíceis de serem eliminadas.

E para piorar, algo interessante acontece no Brasil por causa das religiões. Interessante e danoso. Graças às religiões e a aversão que o brasileiro tem por tudo que é intelectual, várias pessoas passam a usar a fé não apenas nos assuntos religiosos como também nos laicos. Muitas das convicções típicas dos brasileiros não são adquiridas com base na lógica e sim na confiança de quem lançou tal ideia, seja um líder, celebridade ou a tradição social defendida pela maioria dos cidadãos comuns.

Isso permite que até mesmo fora das religiões, absurdos sejam aceitos e defendidos com incrível insistência. Já vi inúmeros exemplos de pessoas defendendo ideias sem pé nem cabeça com a mais absoluta naturalidade. E o pior que quando aparece alguém mais sensato para contradizê-los esses tolos se revoltam, só porque o absurdo no qual acreditam está tradicionalmente arraigado na opinião publica. E tudo isso graças a religiosidade, que consagrou como "qualidade maior" do brasileiro a credulidade que eles dão o curto, mas bonito nome de "fé".

E justamente essa credulidade estimulada pelas religiões contribui muito para que sociedades permaneçam no mais absoluto e crônico atraso. Tão crônico que o desenvolvimento social só poderá iniciar com a eliminação de toda crença religiosa. Algo que é condenado pelas leis brasileiras que, apesar de laicas, protegem a fé religiosa e a insenta de tributos, favoirecendo esse carnaval de fé mercenária que vemos por aí.

Vários fatores são favorecidos pela fé religiosa na hora de travar a evolução social:

- Transferência da responsabilidade de ação a seres imaginários e a líderes religiosos;
- Colocação do sentimentalismo e da credulidade no lugar do intelecto, este desprezado;
- Exploração de pessoas ingênuas por líderes religiosos;
- Consagração de ideias erradas, nascidas do não-raciocínio;
- Estimulo a passividade, a preguiça e ao medo de punições;
- Substituição do conceito ato/consequência pela  tese de recompensa/punição;
- Confiança em seres imaginários ou em versões distorcidas de personalidades reais;
- Decisões equivocadas tomadas pelos fiéis em prol de crendices absurdas.

É claro que não há sociedade que consiga se evoluir com estes erros estimulados pela religiosidade. Se por um lado a religiosidade é útil para a cultura (como mera mitologia, nada além disso), quando utilizada na realidade cotidiana pode gerar imensas catástrofes, como acontece no Brasil, uma sociedade a cada ano mais emburrecida e tola, incapaz de resolver seus problemas e sequiosa por fugir dos problemas se escondendo de tolas ilusões transformadas em patrimônio pessoal, defendido teimosamente com todas as armas.

As sociedades evoluídas se desenvolvem sem a religião porque o laicismo e o ateísmo e outras formas de não-crença estimulam as pessoas a raciocinar, a lutar por conta própria pela sobrevivência e pelo bem estar, além de aumentar a auto-confiança, a auto-estima e o intelecto. Com isso, as sociedades se desenvolvem, sem esperar a ajuda dos mitos e líderes religiosos.

No outro lado, os países mais religiosos seguem trancafiados em suas ilusões, travando qualquer tipo de ilusão, prorrogando por muitos anos o subdesenvolvimento que transforma as "nações de Deus" em verdadeiros infernos do atraso sócio-econômico. 

Evangelho Segundo o Espiritismo é uma análise do Novo Testamento, não uma adaptação dele para espíritas

Que mania os espiritólicos tem de entender tudo errado e (pior!) difundir esses erros! Eles sonham em transformar o Espiritismo, que surgiu como ciência, em uma seita religiosa como outras quaisquer, com direito a dogmas fantasiosos, rituais, sacramentos e até líderes divinizados!

Um dos hábitos dos espiritólicos é acreditar que o livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, escrito por Kardec após análises feitas por espíritos de passagens criteriosamente selecionadas do Novo Testamento bíblico, é o próprio Novo Testamento adaptado para o Espiritolicismo. Alto lá! Não é nada disso que vocês estão pensando!

Kardec fez uma série de pesquisas que resultou no trabalho conhecido como codificação espírita. Mas, não se limitou a estudar o mundo espiritual, as comunicações e seus efeitos. Se interessou pela parte moral, por ser um educador, querendo saber que tipo de personalidade os espíritos tinham e poderiam adquirir com a evolução do caráter e do intelecto (este, um aspecto desprezado pelos espiritólicos). 

No famoso livro, Kardec pega algumas passagens atribuídas a Cristo e as analisa friamente, sem pieguice, mas de maneira clara e objetiva, tentando explicar o que de fato o homem mais famoso do mundo ocidental quis ensinar à humanidade.

Mas como os espiritólicos são chegados a enxertos católicos (o que ajudou muito a atrair espíritos de padres, freiras e sacerdotes para "dar pitaco" na compreensão doutrinária), o livro foi recebido como se fosse o próprio Novo Testamento, só que adaptado ao que os seguidores desta forma misturada de Espiritismo acreditam. Os espiritólicos o tem como "livro sagrado" e por isso mesmo é o livro da codificação que tem maior popularidade.

É mais uma prova de que os seguidores do médium católico Chico Xavier, que vivem orgulhando de se auto-definir como "espíritas", mas cada vez mais catolizados, não conseguem entender as obras da codificação, se recusando a ler por preguiça de raciocínio, preferindo as ilusões piegas que tanto estragam a compreensão da doutrina na sociedade brasileira.

E mesmo sendo lido por um grande número de pessoas, ele não é estudado como se deveria fazer, sendo apenas objeto de culto ritualístico, mas com seu conteúdo ainda bastante ignorado por aqueles que pensar estar seguindo as orientações da bela obra kardeciana, que nunca teve a intenção de seguir ou "glorificar" o chamado "Evangelho" (esta uma palavra que deveria ser estranha à doutrina).

Desespero atinge "movimento espírita"

A multiplicação dos questionamentos acerca dos erros que o "movimento espírita" fez em 131 anos de existência, vários deles gravíssimos e que geraram muitos escândalos, faz com que os seguidores reagissem com desespero e apreensão.

Agora, a Internet não somente relembra os antigos escândalos, como os amplia, da mesma forma como divulga e amplia os mais recentes, assim como revela outros mais antigos que estavam ocultos até agora. E como reagem os "espíritas" diante de tudo isso?

Reagem da pior forma possível. Mantém-se a postura contraditória que passaram a ter nos últimos 40 anos, quando a crise roustanguista fez com que o "movimento espírita" deixasse a defesa entusiasmada ao advogado que primeiro distorceu a Doutrina Espírita para adotar uma postura dúbia. E olha que a cúpula da Federação "Espírita" Brasileira voltou a ser abertamente roustanguista.

Essa postura dúbia da maior parte dos "espíritas", manifesta em muitos blogues e depoimentos à imprensa, além de, é claro, nas palestras em "centros espíritas" ou congressos relacionados à doutrina, consiste em uma aparente defesa da fidelidade doutrinária a Allan Kardec, mas mantendo práticas que correspondem à linha roustanguista, mas de uma maneira mais acanhada.

De um lado, evocações um tanto pedantes à ciência e um grande desfile de citações de personalidades intelectuais genuínas, sejam filósofos, físicos, sociólogos, químicos, astrofísicos, ou mesmo poetas de grandiosa relevância cultural. Ativistas de grande valor também apareciam nos textos "espíritas".

De outro, havia a manutenção da credulidade de uma falsa mediunidade, tida como verídica mesmo quando distorções graves, como o estilo do suposto médium e o propagandismo religioso, são facilmente identificáveis.

Tudo vira um círculo vicioso. Enquanto há todo um blablablá em prol da ciência, enquanto seus adeptos pregam "coerência espírita", citando Kardec, Erasto e até o Controle Universal do Ensino dos Espíritos, há também o endeusamento a Chico Xavier, Divaldo Franco e à crendice nas suas mistificações.

Essa eterna contradição, que já era latente desde quando o roustanguismo começou a ser combatido com intensidade nos anos 1940, se consolidou nas últimas quatro décadas e agora não conseguem abafar a crise, fazendo os "espíritas" se afundarem com reações que já se tornam repetitivas.

Pesquisando as páginas "espíritas", a ênfase na "conduta moral" tornou-se seu escudo, com textos falando de apelos à fraternidade, superação do orgulho e do egoísmo, manutenção e renovação da fé cristã, entre outras coisas. No entanto, é o mesmo "espiritismo" que provocou as desordens que agora se voltam contra ele, pelos inúmeros erros, não obstante gravíssimos, que cometeu.

São ações desesperadas, e esses apelos são carregados de pieguice, com ilustrações que variam entre paisagens celestes, crianças formando roda ao se darem as mãos e até um regador de flores jogando água sobre uma rosa. Mas seu conservadorismo faz com que os "espíritas" parem no tempo, principalmente quando tentam argumentar que "mais vale ouvir do que falar".

O caráter repetitivo de suas reações chorosas, o medo da desqualificação de Chico Xavier, os desentendimentos contra quem quer que Chico Xavier seja "acima do que ele foi" e os seguidores pretensamente "realistas" faz a crise do "movimento espírita" aumentar, se aproximando dos níveis insustentáveis.

Eles reclamam até mesmo de serem supostas vítimas de intolerância religiosa, sem perceberem que as críticas pesadas ao "movimento espírita" não se devem pelo fato de não suportarmos a doutrina como movimento religioso, mas por não tolerarmos a prática de mentiras, fraudes, mistificações e valores retrógrados que a ênfase exagerada na religiosidade pelos "espíritas" permite fazer.

Nossa intolerância é, na verdade, contra a mentira, a fraude, a mistificação e o moralismo retrógrado.

Budistas, muçulmanos e outros não-cristãos também verão Jesus após morrerem?

Os "espíritas" brasileiros se consideram cristãos. Tanto isso é verdade que a versão praticada no Brasil pode ser conhecida como Espiritismo Cristão, para diferir do Kardecismo, que apresar de frequentemente bajulado, nada tem a ver com  que é praticado pelos brasileiros.

As mensagens e dogmas acreditados pelos "espíritas" brasileiros seguem fielmente o mais catolizado Cristianismo, com todos os dogmas que se tem direito, só que acrescidos da palavra reencarnação de das ideias sobre vida pós-morte. Embora estranho se aplicado à realidade, a noção de vida pós-morte é bem dogmática, como se a dimensão espiritual fosse um misto de igreja e hospital.

Mesmo falando em ciência, "fé raciocinada", o que os brasileiros conhecem como "Espiritismo" tem uma visão bem delirante do que seja o mundo espiritual, o que coloca a doutrina que deveria ser racional no mesmo patamar das outras seitas cristãs que usam a fé cega para construir e "confirmar" suas convicções.

E claro, se baseando na fé cega, certamente nunca poderia construir um mundo espiritual que fosse contra suas convicções igrejistas. Resultado: um mundo espiritual que agrada aos cristãos.

Agora o que me põe para pensar é o que uma doutrina que pretende ser para todos, por ser supostamente racional, pretende com o mundo espiritual dos não-cristãos. Eles serão obrigados a se converter após a morte? 

Jesus só tem importância real dentro das seitas e doutrinas que tiveram como base o Cristianismo. Outras seitas, igrejas e doutrinas que não se basearam no Cristianismo, ou ignoram Jesus ou diminuem a sua importância. O mundo espiritual proposto pelos "espíritas" brasileiros certamente não diz nada aos seguidores que recusam o Cristianismo.

E os budistas, muçulmanos, hindus, como ficam? Suas divindades não serão respeitadas? E os ateus? Todos terão que aceitar o "céu" cristão, governado por uma divindade que eles não cultuam com características estranhas e normas que eles discordam?

Sinceramente o "Espiritismo" cristão está cada vez menos Kardequizado e mais igrejista mesmo! Uma colcha de retalhos católica que não dá para ser levada a sério por tantas contradições que possui.

"Espíritas" brasileiros são materialistas

Por mais que batam no peito dizendo que são "espíritas" (a FEB ordena que assumam publicamente a doutrina que não conseguem entender), os espiritólicos, seguidores desta forma deturpada de "Espiritismo" à brasileira, são na verdade bem materialistas. Vários indícios mostram que, mesmo tendo uma certa aceitação do que seja o mundo espiritual, esses seguidores da deturpação querem mesmo é ficar na matéria. Alguns indícios:

- A preocupação exclusiva na caridade material. Os espiritólicos só conhecem a caridade material, aquela que ajuda dando coisas, objetos que na verdade não passa de um benefício perecível, que dura por um tempo limitado. A caridade através da palavra, que eles entendem como "caridade espiritual" se limita apenas a consolar sofredores, sugerindo uma suposta felicidade futura. A verdadeira caridade moral, que inclui o desenvolvimento do intelecto e não aceitação de teses absurdas é ignorada pelos seguidores desta forma deturpada de "Espiritismo".

- Acreditam em sinais materiais, como o éter do suposto Bezerra de Menezes, como formas de comunicação de entes "superiores". A codificação confirma que superiores não usam a matéria, sendo a manipulação material exclusividade de espíritos inferiores, sejam eles bons ou maus.

- Constroem a ideia de mundo espiritual com as características do mundo material, vide o que é descrito no livro de ficção Nosso Lar, de Chico Xavier, atribuído ao fictício espírito que atende pelo nome de "André Luiz".

- Creem que centros estejam protegidos com "cercas elétricas" e outros apetrechos para impedir a entrada de espíritos supostamente maus. Também acreditam que Chico Xavier tenha lançado uma senha de identificação, achando possível haver uma barreira que espíritos não pudessem ouvir ou ler a tal senha, o que é um absurdo. Não há barreira para que espíritos ouçam segredos.

- Acreditam que operações "espirituais" sejam operadas por superiores. Como lhes falei, somente inferiores interagem com a matéria. E de qualquer forma, a medicina terrena nunca deve ser dispensada, já que as operações e consultas "espirituais" não possuem comprovação científica, sendo, na maioria dos casos, indigno de confiança.

- Para muitos, espíritos se alimentam, dormem, transam e fazem tudo que é feito e mundos materiais. Outro absurdo facilmente contestado pela doutrina.

- Pensam ser necessário o uso de coisas materiais (como pomadas, água "fluidificada", panos brancos", jarras de vidro, etc.) em tratamentos espirituais para que possam dar certo. Negativo. Apenas a sintonia com pensamentos elevados e o desenvolvimento intelectual bastam para que uma pessoa possa se sentir bem espiritualmente. Uma atividade relaxante já é suficiente.

- Acreditam que o perispírito leva não apenas as impressões psicológicas do espírito, mas também as materiais, o que soa um absurdo. Não é porque o perispírito seja semi-material que teria que carregar também impressões materiais, pesadas para se levar neste estado.

Além disso tudo, espiritólicos ignoram que existem estados da matéria que ainda não temos a condição de conhecer, pois relatam os cientistas sérios que o que definimos como matéria, corresponde apenas a 5% dela, o que significa que há  ainda muito o que aprender sobre os mundos materiais, seus estados e suas dimensões. É até provável que o mundo supostamente espiritual imaginado pelos "espíritas" deturpadores seja na verdade outros tipos de matéria, um pouco menos densos que a nossa, mas ainda grossos e pesados para que sejam considerados "mundo espiritual".

Supostas psicografias seguem roteiro de Nosso Lar

Já repararam que quando divulgam alguma psicografia, ela sempre segue o roteiro igrejista descrito no livro Nosso Lar? Para quem não sabe, Nosso Lar é o famoso livro supostamente psicografado pelo hiperestimado médium Chico Xavier sob a mais suposta ainda assinatura do "espírito" conhecido como André Luiz, cujas evidências lançam suspeita de ser um personagem fictício e que é considerado a "Bíblia" dos pseudo-espíritas.

O que é relatado nas supostas comunicações espirituais se limita a obedecer um só padrão que pode ser resumido neste esquema:

- Morri, fui aos confins do inferno, me arrependi, conheci Jesus e fui aos "planos mais elevados".

Com pequenas variações baseadas nas características superficiais do morto atribuído como responsável pela comunicação, as mensagens são obrigadas a seguir este esquema. Mas porquê?

Simples. Para forjar a veracidade de Nosso Lar e garantir a vendagem deste livro cuja renda não vai para a caridade como muitos pensam e sim ara os bolsos da Federação "Espírita" Brasileira  (FEB) que faz o que bem entender com a renda recebida. Observando a vendagem do livro com o resultado do trabalho filantrópico realizado em nome da federação, é de se concluir, infelizmente, que grade parte da renda vai para as contas das lideranças da instituição. Ou Chico Xavier foi enganado ou os trouxas somos nós que acreditamos nele e na instituição.

Até porque empenho em vender os livros assinados pelo médium é excessivamente grande. E ninguém iria demonstrar tamanha empolgação a ponto de favorecer a vendagem de uma obra se ele não fosse render dinheiro para os próprios bolsos. Até porque a tradição provou que as lideranças da FEB são bem falhas quando o assunto é bem estar alheio.

Por isso que as psicografias tem que seguir este mesmo roteiro de Nosso Lar. Para que os leitores pensem que o muito espiritual é assim (e não é; no livro o mundo "espiritual" aparece bastante materializado) e comprem o livro acreditando ser ele um manual de "sobrevivência" na vida pós morte, tornando obrigatória a sua aquisição e rendendo muito dinheiro para a FEB. 

O "Estudo" do Amor

O "Espiritismo" brasileiro adora se disfarçar de ciência. Não porque goste de ser científico, mas porque dá status e autenticidade. Na verdade se tornou uma igreja tão piegas e fantasiosa quanto qualquer outra e suas reuniões, palestras e congressos sempre desprezaram o caráter científico, preferindo fazer "ciência" com pieguice lacrimejante.

Como para falar de amor não precisa de muitas palavras, a ordem é enrolar ao máximo, com textos bastante rebuscados e prolixos (a patota jesuíta do Emmanuel adora isso), para que muitos livros, muitas palestras e muitos congressos se façam só para falar de amor, sempre repetindo as mesmas coisas.

E não pensem que é o amor real, verdadeiro. Na verdade é um amor piegas, tolo, ingênuo e totalmente separado da razão e do bom senso. É o altruísmo que não melhora, o amor que não transforma e o sentimento que não muda as pessoas. Na verdade é apenas um festival de tolices típicas de novela lacrimosa, feita apenas para os incautos (que são muitos) chorarem.

Impressionante ver cartazes de workshops e congressos darem aparência de ciência a um desfile verborrágico de palavrinhas pueris, doces, que em nada servem para melhorar a sociedade e muito menos compreender a Doutrina Espírita, ainda ma compreendida em sua totalidade.

O Católico é diferente do Espírita?

OBS: este interessante texto mostra a verdadeira face do chamado "Espiritismo" brasileiro, que no fundo não passa de um Catolicismo enrustido que acredita na em reencarnação. Mas com direito a maioria dos rituais da igreja do Papa Bento.

O CATÓLICO É DIFERENTE DO ESPÍRITA?

Luiz Carlos da Silva - Blog Espírito Verdade

O católico vai à igreja para ouvir o sermão do padre.
O espírita vai ao centro espírita para ouvir o sermão do expositor.

O católico vai à igreja por obrigação, para ter a proteção de Deus.
O espírita vai ao centro espírita por obrigação, para ter a proteção dos Espíritos Superiores.

O católico vai a igreja tomar a hóstia porque simboliza o corpo de Cristo e isto purifica a alma.
O espírita vai ao C.E. tomar passe para purificar o Espírito livrando-o dos fluídos pesados.

O católico usa água benta.
O espírita usa água fluídica.

O católico reúne a família para cultuar os Santos.
O espírita reúne a família para o “evangelho no lar”.

O católico adora os Santos; São Judas Tadeu, Santo Expedito etc…
O espírita adora os espíritos superiores; Emmanuel, André Luiz, Joana de Angelis etc…

O católico lê a Bíblia antes de dormir.
O espírita lê o Evangelho segundo o espiritismo.

O católico vai à igreja se confessar ao Padre.
O espírita vai ao CE orientar-se com os trabalhadores (só falta confessar os pecados).

O católico morre de medo do inferno.
O espírita morre de medo do umbral.

O católico sonha em morrer e ir para o Céu.
O espírita sonha em desencarnar e ir para o Nosso Lar.

O católico diz que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança quando que na verdade foi o homem quem criou um Deus a sua imagem e semelhança.
O espírita diz que o Plano Espiritual é igual a terra (teremos a nossa alimentação, banho, hospitais, transporte coletivo, vida política, poderemos até namorar)  quando que na verdade foram os espíritas que criaram um Plano Espiritual a imagem e semelhança da nossa vida terrena.

O católico confia cegamente no que determina o Vaticano.
O espírita confia cegamente no que determina a Federação Espírita Brasileira.

O católico confia cegamente no Papa.
O espírita confia cegamente em tudo que Divaldo Franco diz.

Este é o Espiritismo brasileiro, ou seria “A igreja Espírita Brasileira”

Jesus disse “Meu reino não é deste mundo” o que significa “O mundo ainda não está pronto para recebê-Lo”

Allan Kardec também poderia dizer “O Espiritismo não é deste mundo” o que significa “O mundo ainda não está pronto para o Espiritismo”.

"Espiritismo" brasileiro não ensina a pescar, mas também não dá o peixe. Lança a isca para os próprios fiéis serem fisgados

Quem utiliza o Facebook costuma ser bombardeado por mensagens publicadas por alguns incautos, retiradas desses livros psicografados mela-cueca que são lançados pro ai, sobretudo os que levam a assinatura de médiuns-farsantes como Chico Xavier e Divaldo Franco. São mensagens puramente sentimentais que nunca estimulam a transformação do ser humano.

São mensagens lindas, comoventes, um tanto moralistas, que são divulgadas há muito tempo pela FEB e tem transformado o Espiritismo, que era para ser uma ciência, em uma seita como outra qualquer, com dogmas sem pé nem cabeça, somados a um moralismo inútil que não consegue estimular as pessoas a se evoluírem.

Mal sabem essas pessoas que postam mensagens fofas psicografadas por médiuns irresponsáveis, que a suposta versão brasileira do Espiritismo é na verdade um engodo feito para enganar, usando enxertos católicos (fé verdadeira dos fundadores e de muitos médiuns-estrelas da FEB) acrescidos de "reencarnação", para satisfazer os interesses particulares de seus líderes, que estão cada vez mais ricos (pra caridade, não é?...). E visivelmente ricos.

Curioso que as igrejas pentecostais são bastante (e merecidamente) criticadas na web, mas o pseudo-espiritismo faz o mesmo, mas não é. A FEB consegue enganar a todos com o papo de que "vai tudo para a caridade", mas ao mesmo tempo "alerta" que "caridade não deve ser mostrada". Lindo. Cadê a aplicação desse dinheiro? Ou provar a prática real da caridade é também sinal de "vaidade"?

Os trouxas ainda continuam acreditando na farsa do "Espiritismo" brasileiro. Inclusive os leigos. Kardec, para os brasileiros, deixou há muito de ser o "mestre maior", substituído por um caipira católico que via fantasmas e que nunca conseguiu entender a doutrina. E bastam mensagens pueris de amor para que tudo seja aceito na maior tranquilidade, enquanto as cobras se alimentam tranquilamente de suas presas sem ninguém perceber.

A falta de percepção é tamanha que muitos acreditam estar se evoluindo só por postar mensagens atribuídas a Chico Xavier, um médium ingênuo que não sabia nada mas é tratado como sábio, mestre, intelectual, profeta e até semideus, sendo o único ser humano proibido de assumir a responsabilidade dos próprios erros, jogados na culpa de terceiros. Afinal que espécie de líder é essa que tem que jogar a responsabilidade dos erros nas costas de outrem?

Aqueles que acreditam nessas mensagens tolas ignoram que na verdade é isca para pescar otários. Surgida de uma doutrina que deveria ensinar a pescar, esta seita doida em que se transformou o Espiritismo no Brasil não somente não ensina a pescar, como também não dá o peixe, além de pescar os fiéis trouxas que de palavra de amor em palavra de amor, acaba se submetendo à liderança dessa balbúrdia, satisfazendo todos os caprichos exigidos pela máfia da FEB e pela máfia espiritual que está do lado dela.

Com isso a missão do Espiritismo original é imediatamente cancelada no Brasil, este país cuja sociedade tem o maior orgulho em permanecer na santa ignorância, preferindo vencer na vida através de jeitinhos e de colocar ilusões para "solucionar" os problemas que nunca querem resolver.

Religiões sofrem criticas. Mas "Espiritismo" brasileiro segue inabalável. Porque será?

Ultimamente as religiões tem sofrido, com justiça e razão, muitas críticas. Religiões no fundo são mitologias e levá-las a sério demais e aplicar suas teses ilógicas à realidade cotidiana tem sido altamente danoso. As críticas vem em um momento em que as igrejas e seitas começam a mostrar as suas falhas, resultante do desprezo à racionalidade que lhe é característico.

Várias religiões e seitas tem sofrido críticas, mas uma delas está saindo ilesa diante dessa onda: o "Espiritismo" brasileiro. Está havendo uma blindagem poderosa que protege a versão deturpada da Doutrina Espírita de qualquer vexame. Mas porque será?

Dirão os incautos que não há do que se "falar mal" dela. Que suas lideranças são pessoas responsáveis e infalíveis e incapazes de fazer algo que não fosse ético ou honesto. Mas será que é isso mesmo? Que os "espíritas" são assim perfeitos? Se a gente utilizar na prática a tão alegada "fé raciocinada" vamos ver que a infalibilidade do "Espiritismo" brasileiro não passa de mais um dogma mentiroso lançado pelas suas lideranças.

E porque os "espíritas" estão tão blindados? Certamente porque sabem como ninguém varrer a sujeira para debaixo do tapete, sem deixar vestígios. Conseguem criar meios de esconder com a mais absoluta perfeição as falcatruas que cometem na tentativa de legitimar os absurdos que acreditam por se recusar e a estudar de maneira dedicada e atenta as obras de Allan Kardec, objeto constante de bajulação.

E qualquer coisa, e só acusar as outras religiões de "preconceito". Posar de vítima é uma excelente tática e muito bem sucedida nessas horas, pois atrai comoção e consequentemente defesas apaixonadas. Poucos são capazes e desconfiar de alguém que durante muito tempo lhes pareceu altamente confiável. Para ser desmascarado, um farsante prestigiado deve ser denunciado por alguém igualmente prestigiado para que seus seguidores deixem de ser enganados.

E como não apareceu nenhuma denúncia vinda de fonte influente para convencer os seguidores desse "Espiritismo" de que o que eles seguem e uma farsa. Até houve nos anos 50 e 60, mas a FEB e simpatizantes fizeram mutirão para proteger seus mitos, dogmas e lideranças de qualquer tipo de critica ou denúncia. E assim o "Espiritismo" brasileiro segue intocável, enganando a todos que pensam ser uma "doutrina evoluída".

Lamentável que isto aconteça pois, a deturpação e os meios fraudulentos de sustentá-la tem emperrado o raciocínio dos seus seguidores, fascinados pela fé cega de confiarem em um conjunto de absurdos tão tolos do que os das outras crenças, mas cuidadosamente mascarados e maquiados para que todos pensem estar avançando para frente quando andam para trás em prol do atraso mental da coletividade.

Ainda esperamos um herói a denunciar as farsas desse "Espiritismo" falsificado. Até isso acontecer, muitas almas continuarão sendo enganadas e o projeto de evolução espiritual e intelectual coletiva sendo constantemente adiado.

O adiamento da felicidade


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Todas as religiões apostam no adiamento da felicidade, embora vivam dizendo que todos os seres merecem ser felizes. Mas a felicidade é sempre adiada, uma espécie de "prêmio" que só será conquistado em tempos futuros, em muitos casos até remotos.

O Espiritolicismo, forma deturpada de Espiritismo praticada no Brasil não é diferente. Contaminada por muitos erros enxertados de outras crenças, sobretudo a Igreja católica, a estranha seita que constrói seu repertório "orientada" por verdadeiros mafiosos do além-túmulo como "André Luiz" e Emmanuel, tinha mesmo que copiar este defeito de outras religiões, mas adaptando um pouquinho às suas características peculiares.

E para piorar, o adiamento é ainda mais longo que o das outras religiões, pois a felicidade fica guardada para outras vidas e muito comumente para uma reencarnação não consecutiva ("na próxima vida você ainda vai sofrer, desgraçado!"). A felicidade momentânea sempre é recusada, pelo pretexto de que a "dor traz benefícios". Quanto a esta frase, é preciso dar uma explicação.

Houve uma má interpretação dos espiritólicos em relação a isso. O que se quer dizer é que o sofrimento nos coloca diante de desafios cuja tentativa de eliminá-lo ajudará a desenvolver qualidades em nossa personalidade. A dor em si nunca é benéfica, mas a luta em se desfazer da dor é que é. 

Para os espiritólicos a dor deve ser aceita sem reclamação, passivamente, o que na verdade não ajuda nada. Suportar a dor parado não ajuda em nada a desenvolver aptidões. Devemos encará-la como desafio e procurar soluções para acabar ou pelo menos minimizar o sofrimento e é nessa procura que encontraremos a oportunidade de crescermos como seres humanos. Aceitar a dor numa boa, alegremente, é masoquismo, uma tolice que não melhora ninguém.

E a felicidade, pode ser conquistada agora: CLARO QUE SIM! Esse papo de que não existe felicidade na Terra é muito relativo, pois o conceito de felicidade é subjetivo, variando de pessoa para pessoa. Uma coisa que pode fazer muitos felizes (como o futebol) pode incomodar outras (eu detesto futebol). E vice-versa. Ou seja, a felicidade existe sim, depende do contexto da vida de cada um.

Adiar a felicidade em prol da suposta "purificação espiritual" é uma bobagem sem tamanho. A luta para conquistar a felicidade tem feito com que muitas pessoas, sobretudo cientistas, lutassem por melhorias coletivas e individuais, desenvolvendo o intelecto e o altruísmo, resultando em muitos benefícios que conhecemos. E foi a luta para se livrar do sofrimento e não a aceitação dele, que impulsionou a esses homens a desenvolverem a humanidade.

Lutar pela felicidade é a meta de todos. E é nessa luta que extrairemos o que as religiões chamam de "pureza espiritual". Ficar parado tentando "fazer as pazes" com o sofrimento é passividade e isso com certeza representará não apenas o adiamento da felicidade e do bem estar como também o adiamento da nossa evolução espiritual. Pois tenho a certeza de que masoquistas não vão para o "céu".

Mentira tem perna curta. Curta, mas que pode andar por muito tempo

Brasileiros adoram mentiras. Mentiras boas, felizes, caridosas, que venham de fontes confiáveis. A realidade é triste, feia e cruel, portant...