"Espiritismo" brasileiro, um Catolicismo a moda antiga

O que os brasileiros estão acostumados a aceitar como "Espiritismo" nada tem a ver com o original, codificado na França. Apesar de falar em reencarnação, comunicação com os mortos e reverenciar Allan Kardec, a versão brasileira é cheia de dogmas estranhos que seriam facilmente descartados com a lógica kardeciana, de tão absurdos que são.

Na verdade há mais semelhança com o Catolicismo medieval no "Espiritismo" brasileiro do que com a doutrina homônima codificada na França. Fica a impressão que espíritos medievais se afinaram com o igrejismo de várias lideranças como os católicos Chico Xavier e Divaldo Franco, que nunca largaram as suas crenças originais, usando o "Espiritismo" para se promover.

A Lei de Atração, quando espíritos seguem aquilo que está de acordo com suas convicções e gostos, importante para entender a influência dos espíritos, é frequentemente ignorada no "Espiritismo" brasileiro. Mas ela é importante para entender que a influência católica no "Espiritismo" brasileiro não é nada benéfica. É como derramar 1kg de açúcar em um prato de feijoada.

O "Espiritismo" brasileiro tem muito do Catolicismo mais retrógrado. Não por acaso vemos espíritos de padres influenciando a doutrina (Emmanuel, Joanna de Angelis, Frei Luiz, Frei Calos Murion, etc.), o que sinaliza que o que se faz em nome da doutrina no Brasil está de pleno acordo com o mais medieval Catolicismo.

Não vemos a influência de espíritos de intelectuais na doutrina. Eles aparecem apenas quando são bajulados ou em mensagens fake em que o conteúdo denuncia que tais espíritos não as disseram. As verdadeiras lideranças espirituais do "Espiritismo" brasileiro são de padres e sacerdotes, pois encontram no repertório dogmático a perfeita afinidade.

Os "espíritas" brasileiros que seguem a linha roustainguista defendida por Chico Xavier e Divaldo Franco devem assumir o rompimento com a doutrina original e assumir um novo nome. O que se faz no Brasil não é Espiritismo. É outra seita. Assumir isso é um sinal de respeito à doutrina original e aos seguidores das duas doutrinas, que deveriam aprender de uma vez por todas a nunca confundi-las.

Divaldo Franco x Papa Francisco, quem é o mais progressista? Você vai se surpreender!

O "Espiritismo" brasileiro sempre foi estigmatizado como "progressista". Talvez pela associação frequente, mas falsa, com o Espiritismo original codificado pelo pedagogo e matemático francês Allan Kardec, este um homem de ideias progressistas e humanitárias. 

Mas na prática, o que os brasileiros conhecem como "Espiritismo", de linha roustainguista, é recheado por vários dogmas conservadores e não raramente anti-humanitários, cortesia dos católicos medievais que fundaram no Brasil a federação que deu origem a versão deturpada da doutrina, que preferiu usar o mesmo nome e associá-lo ao pedagogo francês, mesmo sendo uma seita totalmente diferente da ciência proposta pela Associação espírita de Paris.

O "Espiritismo" brasileiro teve que incorporar vários dogmas católicos, principalmente vários que nem os católicos de hoje querem mais saber, para escapar, no começo de sua fundação, das possíveis punições por ser confundida com bruxaria. Esses dogmas permaneceram e junto com dogmas importados de seitas esotéricas, acabou se transformando em uma igreja de fé cega e muitas contradições doutrinárias.

Mas surpreende a todos que pensavam que o "Espiritismo" brasileiro era a mais evoluída, moderna e progressista das religiões. Outras religiões como o Budismo, parecem mais progressistas. mas o mais surpreendente é que o Catolicismo ultimamente tem mostrado uma guinada progressista.

Além do fato de que a CNBB a confederação dos bispos brasileira, ter dado vários sinais de apoio a causas progressistas, temos um papa que também tem demonstrado uma verdadeira mentalidade progressista, irritando a cúpula do Vaticano.

O Papa Francisco tem dado muitas declarações que mostram um desejo de evolução e de verdadeiro altruísmo. A influência dele como maior liderança da igreja tem feito com que muitos fiéis revessem seus valores e se engajassem em prol de uma sociedade mais diversificada e justa.

Curioso que Divaldo Franco chegou a se encontrar com o Papa, mesmo senso integrante de outra religião. As declarações recentes de Divaldo Franco e o apoio dele ao Golpe de 2016 o colocam em uma posição mais retrógrada que a do Papa Francisco, o que surpreende a opinião pública acostumada com a ideia de que o suposto médium baiano - considerado um impostor por Herculano Pires - seria o mais avançado ideologicamente.

As declarações de Divaldo são coerentes com o nebuloso "Espiritismo" brasileiro, de dogmas altamente conservadores que incluem a nefasta Teologia do Sofrimento, de origem medieval e descartada pelo Catolicismo atual. 

Isolar o suposto médium sem admitir que todo o conservadorismo se encontra nos estatutos da FEB é burrice. Mas mesmo assim, Divaldo deve assumir seu conservadorismo e admitir seu rompimento com o Espiritismo original. Kardec ficaria horrorizado diante da entrevista de Divaldo dada em Goiânia no último dia 13/02.

Por isso que devemos aplaudir o Papa Francisco e vaiar Divaldo Franco. Não adianta o suposto médium baiano tentar bajular Allan Kardec e o Papa Francisco se de fato não compactua com a postura progressista de ambos. A turma do Divaldo é a dos Torquemadas e do Máscara de Ferro, vindos das catacumbas medievais do conservadorismo mais retrógrado.

O Espiritismo perde muito em manter a influência de Divaldo Franco. O Papa Francisco consegue ser muito mais espírita - no sentido kardeciano - que o falastrão líder baiano.

Conservadorismo de Divaldo Franco é o conservadorismo da FEB e do "Espiritismo" roustainguista praticado no Brasil

Um grupo de espíritas de linha kardeciana (longe do Roustainguismo enrustido praticado no Brasil) que segue orientação progressista na política, não gostou de uma entrevista dada por Divaldo Franco em que ele demonstra um conservadorismo bastante arcaico e cheio de erros, condenando doutrinas políticas de esquerda e fazendo comentários preconceituosos contra classes oprimidas.

O texto sensato, se lembrarmos que a doutrina kardeciana não é a praticada no Brasil, é bom lembrar - foi publicado no site progressista GGN, do jornalista famoso Luís Nassif, que é um dos sites que recomendo para quem quer saber de notícias de forma altamente confiável. O manifesto, devidamente assinado, está neste link.

Mas é bom lembrar a estes espíritas, que muitos brasileiros conheceram a doutrina através, não de Kardec, mas do beato católico e deturpador do Espiritismo, Chico Xavier, que a versão brasileira da doutrina está completamente contaminada por inúmeros dogmas conservadores. O que significa dizer que Divaldo Franco estava coerente com a versão brasileira da doutrina, sendo uma injustiça isolá-lo na responsabilidade pelas declarações.

A FEB (Federação "Espírita" Brasileira) já começou conservadora. Foi fundada por católicos de orientação medieval que acreditavam em reencarnação. Aproveitaram as ideias conservadoras de Jean Baptiste Roustaing, até hoje o verdadeiro patrono do "Espiritismo" brasileiro, segundo o que aparece escrito no regimento interno da FEB. Mas como Roustaing não tinha carisma, Kardec foi adotado como um garoto-propaganda, sem que suas observações fossem plenamente seguidas.

O primeiro grande ídolo da FEB, Adolfo Bezerra de Menezes, fiel defensor de Roustaing, era um político de linha conservadora e que por motivos econômicos teve que aderir ao Abolicionismo. Não há uma biografia séria sobre Bezerra, conhecido apenas por lendas e boatos. Mas segundo pessoas que descendem dos que conviveram com Bezerra, tudo que falam de positivo sobre ele é falso, sendo ele o verdadeiro vilão, responsável pela primeira grande deturpação da doutrina no Brasil.

A doutrina como um todo tem em seu repertório dogmático, muitos pontos conservadores, como a Teologia do Sofrimento, a criminalização do suicídio, a obediência cega a lideranças, a tese de que ricos são a reencarnação dos bons e pobres a dos maus, baseando-se na lei de prêmio/punição, além da caridade puramente paliativa (comumente praticada por direitistas e que não fere a ganância das elites), entre outros pontos que vão contra a doutrina original codificada por Allan Kardec.

Ficamos felizes com a inclusão de Sérgio Aleixo, espírita (sem aspas) carioca de linha progressista como um dos signatários da lista mencionada, que tem se esforçado no projeto de devolver o Espiritismo à doutrina original, defendendo o verdadeiro altruísmo praticado pelas forças políticas de esquerda, infelizmente difamadas por uma elite que se recusa a repartir bens e direitos. Aleixo é a pessoa certa para que o Espiritismo possa recuperar seu progressismo e sua coerência original, descartando o igrejismo conservador embutido por Bezerra, Chico e Divaldo.

Espíritas progressistas respondem à entrevista coletiva de Divaldo Franco e Haroldo Dutra

Do GGN, O Jornal de Todos os Brasis

Nota de resposta à entrevista coletiva de Divaldo Franco e Haroldo Dutra no congresso de Goiás

Espíritas que somos, os abaixo-assinados, tornamos pública a nossa desaprovação a diversas opiniões que foram expostas no vídeo que circulou essa semana nas redes sociais, e que depois foi retirado do Youtube.

Declaramos que elas não nos representam e não representam o espiritismo, pois são apenas opiniões pessoais de seus autores, e que, em nosso entender, carecem de fundamento teórico e científico.

Aliás, médiuns e oradores não têm autoridade para falar em nome do espiritismo.
Ninguém tem essa autoridade, nem mesmo instituições federativas.

O espiritismo é uma ideia livre, cuja maior referência é Kardec

Mas cujos livros também não podem ser citados como bíblia.

Para manifestarmos ideias e posições do ponto de vista espírita, segundo a própria metodologia proposta por Kardec, temos de dialogar com a ciência de nosso tempo, usar argumentos racionais e adotar de preferência posturas que estejam de acordo com os princípios básicos da ética espírita, que são os da liberdade de consciência, amor ao próximo, fraternidade, entre outros.

O movimento espírita brasileiro está longe da unanimidade em todos os temas, sobretudo os que se referem a questões contemporâneas e, por isso, é importante delimitar as posições, para deixarmos claro que declarações como as que foram feitas neste vídeo não representam o espiritismo.

Dessa forma, rebatemos alguns pontos da referida entrevista:

Divaldo referiu-se à República de Curitiba e a seu suposto “presidente”, Sérgio Moro. Não existe uma República de Curitiba, pois segundo nossa Constituição só há uma República a ser reconhecida em nosso território, e é a República Federativa do Brasil.

E a referência a um juiz federal de primeiro grau como o Presidente desta acintosa República é um grave desrespeito ao Estado, à nação brasileira, atribuindo a tal república poderes inexistentes em nossa Constituição.

Além dessa nociva postura marcadamente messiânica e de culto à personalidade, pode dar a entender que o restante do povo brasileiro não presta e que não há pessoas boas espalhadas pelo Brasil dando o melhor de si.

Divaldo chama esse mesmo juiz de “venerando” – o que é altamente questionável, dadas as críticas de grandes juristas nacionais e internacionais à parcialidade desse juiz e a seus atos de ilegalidade, que feriram a Constituição, e às notícias que correm na mídia de seu conluio com determinados segmentos e partidos.

Divaldo assume uma postura claramente partidária, contrária ao PT – o que é de seu pleno direito, mas nunca em nome do espiritismo – fazendo, porém, uma crítica rasa, com uma miscelânea conceitual, chamando o governo desse partido de marxista e assumindo um discurso próprio da polarização extremista, manipulada e sem consistência que invade nossas redes sociais e nossa vida política, contribuindo para os momentos de incertezas e de medos em que vivemos.

Há uma fala extremamente problemática que se refere à chamada “ideologia de gênero”. Não existe “ideologia de gênero” – este é um termo criado por setores fundamentalistas da Igreja Católica e depois adotado pelas Igrejas Evangélicas. Existe sim uma área de pesquisa no mundo que se chama “Estudos de Gênero” – que teve influência de Michel Foucault, Simone de Beauvoir e Judith Buttler. Os “Estudos de Gênero” se dedicam a procurar entender como se constitui a feminilidade e a masculinidade do ponto de vista social, se debruçam sobre questões de orientação sexual, hétero, homo, transsexualidade – ou seja, todos fenômenos humanos, que estão diariamente diante de nossos olhos. Podemos concordar com algumas dessas conclusões, discordar de outras, deixar em suspenso outras tantas. Esse olhar é muito recente na história e ainda estamos apalpando questões profundas e complexas – e em nosso ponto de vista espírita, não é possível ter plena compreensão delas sem a chave da reencarnação. Uma abordagem puramente materialista jamais vai dar conta do pleno entendimento do psiquismo humano. Mas estamos muito longe de ter gente reencarnacionista competente, fazendo pesquisa séria, para dialogar com pesquisadores com abordagens meramente sociológicas ou psicológicas. Então, nós espíritas, não temos ainda melhores respostas que os outros e não podemos, por cautela, seguir a cartilha dos setores conservadores mais radicais de generalizar esses estudos sob o termo, usado aqui pejorativamente, de ideologia, para desqualificá-los como “imoralidade ímpar”. Parece-nos que uma dose de humildade científica, prudência filosófica e bom-senso faria bem a todos nesse ponto, especialmente quando o domínio sobre os corpos e a sexualidade sempre foi um ponto central para as religiões ocidentais.

Divaldo revela também completo desconhecimento dessa área de estudos de gênero, alinhando-a ao marxismo e ao comunismo. As grandes lideranças desses estudos estão nos Estados Unidos e na Europa. Aliás, os estudiosos desse tema encontram-se em diversas correntes de pensamento, desde marxistas até pós-modernos de diferentes matizes e até liberais. Ao fazer isso, mais uma vez, mostra a adesão a um discurso pronto, midiático, que ressoa nos setores evangélicos e católicos mais radicais, que primam por taxar qualquer ideia ou debate que lhes desagrade com o termo “comunista” – um grande espantalho generalizante, simplista e esvaziado de sentido, mas que tem sido eficaz, ao longo dos tempos, para dar forma a medos sociais e, assim, orientar o ódio e o ressentimento das pessoas contra certos alvos.

Por fim, deixamos aqui as seguintes afirmações:

Nenhum médium ou orador pode falar em nome de todos os espíritas ou em nome do espiritismo. Isso é, por si só, desonestidade intelectual;

Quando um espírita, sobretudo se tem influência sobre a comunidade, manifesta uma ideia ou uma opinião, tem por dever se informar sobre os temas de que está falando, usar referências confiáveis e estar em consonância com a lógica, com a ciência e com o bom senso.

Deve também, preferencialmente, defender os direitos dos mais fragilizados socialmente, no caso, as mulheres, as crianças, os membros da comunidade LGBT+, que são objeto dessas discussões dos estudos de gênero, justamente por estarem vulneráveis a todo tipo de violência e desrespeito em nossa sociedade, além dos negros e negras, as juventudes periféricas e as pessoas com deficiência.

Não deve alimentar discursos de ódio partidário e nem medidas punitivas contra quem quer que seja: nossa bandeira é a da educação, da fraternidade entre todos e da paz, comprometidos com a democracia, a justiça social e a regeneração da sociedade.

Abaixo Assinaram:

Adriana Jaeger Santos, RS

Agnes Vitória Cabral Rezende, MT

Alana de Andrade Santana, BA

Alessandro Augusto Arruda Basso, SP

Alessandro Cesar Bigheto, SP

Alexandre Mota, SP

Alexandro Chazan, SP

Álvaro Aleixo Martins Capute, MG

Carlos Augusto Pegurski, PR

Carlos Sérgio da Silva, SP

Claudia Gelernter, SP

Claudia Mota, SP

Cynthia Maria Fiorini Santos, SP

Dalva de Souza Franco, SP

Dalva Radeschi, SP

Dennylson de Lima Sepulvida, SP

Dora Incontri, SP

Douglas Neman, SP

Eduardo Alves de Oliveira, SP

Eduardo Lima, CE

Erica de Oliveira, SP

Felipe Gonçalves, SP

Felipe Sellin, ES

Fernando Fernandes, SP

Franklin Felix, SP

Gilmar da Cunha Trivelatto, SP

Glauco Ribeiro de Souza, SP

Hélio Ribeiro, MG

Izaias Lobo Lannes, MG

João Carlos de Freitas, SP

Jandyra Abranches, ES

Juçara Silva Volpato, ES

Leandro Piazzon Correa, SP

Litza Amorim, SP

Lorisani Marisa de Leão de Souza, RS

Luciano Sérgio Ventin Bomfim, BA

Luis Gustavo Carvalho Ruivo Andrade, SP

Luis Márcio Arnaut, SP

Luziete Maria da Silva del Poggetto, SP

Marcel Pordeus, CE

Marcelo Henrique Pereira, SC

Marcos Wilian Silva MT

Maristela Viana França de Andrade de Aragarças GO

Maristela Viana França de Andrade, GO

Maurício Zanolini, SP

Murilo Negreiros, SP

Patrícia Imperato Malite, SP

Pedro Camilo, BA

Raphael Faé, ES

Roberto Colombo, SP

Samantha Lodi, SP

Sebastião do Aragão, SC

Sérgio Aleixo, RJ

Silvia Bueno, SP

Sinuê Neckel Miguel, RS

Suzana Leão, RS

Tatiane Braz Comitre Basso, SP

Thiago Rosa, SP

Tiago Fernandes, PR

Vinicius Lara, MG

Willan Silva, ES

Yuri David Esteves, SP

"Espíritas", apoiadores das forças gananciosas?

Uma coisa estranha a notar no "Espiritismo" brasileiro, além da deturpação e da inserção de dogmas estranhos que rompem com o Espiritismo original, é o conservadorismo que contrasta com a fama de supostos progressistas. Conservadorismo que se tornou mais evidente com a aliança de "espíritas" com ideais e até mesmo personalidades do mais retrógrado conservadorismo.

A declaração de Chico Xavier ao programa de talk show Pinga Fogo, em 1971, no auge da ditadura militar, onde elogiou ditadores e torturadores, classificando-os de "construtores de um rein de amor", além da condenação agressiva a movimentos sociais, vão de contra a imagem consagrada de Xavier de altruísmo e progressivismo. Para quem não acredita, a entrevista está no YouTube. Aviso para quem acredita na imagem positiva do "bondoso" médium que vai se chocar.

Outra liderança considerada "importante" para os "espíritas" brasileiros, Divaldo Franco, classificado como impostor por Herculano Pires, ofereceu o seu evento, o Você e a Paz, ao prefeito João Dória (provavelmente esperando algum favorecimento por parte do prefeito paulista) para o lançamento de um estranho alimento para pobres, suspeito de causar mortes em sua fase de testes.

Para quem conhece Divaldo Franco, não pela mitologia positiva construída ao redor dele, mas por fatos desagradáveis em seus bastidores, não estranhou em ver o embusteiro falastrão envolvido com o prefeito de São Paulo, que largou a cidade para se dedicar a uma fracassada campanha presidencial (gestor largando gestão), em um evento de falsa filantropia e ativismo que só serve para promover o suposto médium para a opinião pública.

Recentemente, vimos dois casos de "espíritas" de mãos dadas não somente com forças conservadoras, mas com forças inspiradas pelo mais cruel Nazismo, sobretudo a mais do que suspeita Lava Jato, também apoiada por Divaldo Franco, que coloca práticas inspiradas no Direito nazista. 

O jovem suposto médium Robson Pinheiro, lançando livro com teses alucinadas, sob suposta orientação de um espírito ironicamente chamado de "Inácio", praticando o falso testemunho condenado pelo Cristianismo que finge seguir, acusando os petistas de serem uma organização criminosa. 

Robson Pinheiro está sendo ou burro, ou cruel ou ate maluco em rotular uma força política que beneficiou, de forma comprovada, e ainda beneficia a todo um povo como "organização criminosa", entrando em grave contradição com a caridade que finge defender. Pelo jeito, para Robson Pinheiro, fazer caridade é crime e merece punição.

Outra é a declaração do latifundiário, suposto médium e ainda mais suposto filantropo João de Deus sobre Sérgio Moro e a seletiva Lava Jato, que nunca pune integrantes do PSDB: a de que gostaria de ver o juiz parcial de inspiração nazista como residente da república pelo fato de ser um homem bom e justo. 


João de Deus, que se mostrou um farsante ao recusar em aplicar em si mesmo o curandeirismo que faz aos outros, deveria se informar mais sobre o juiz filho de tucano, amigo de tucano e provável agente da CIA, viajando com estranha periodicidade aos EUA para receber prêmios e orientações, principalmente no Wilson Center, instituto criado para obrigar nações a seguirem normas impostas pelos governantes americanos e grandes corporações lá instaladas. Homem bom, Sérgio Moro? Qualé!


Com esses exemplos e outros que não falamos aqui por falta de lembrança ou de espaço, mostram que o "Espiritismo" brasileiro é uma farsa completa. Farsa como doutrina científica, farsa como filantropia e farsa como ideologia progressista. 

É na verdade uma seita elitista que surge para satisfazer os interesses de suas lideranças e que usa a caridade, malfeita por sinal, para se promover e impedir que o verdadeiros caridosos (criminosos na ótica de Robson Pinheiro) atrapalhem a ganância das elites.

Não se enganem: Chico Xavier, Divaldo Franco, Robson Pinheiro e João de Deus falam em nome da ganância burguesa. Isso invalida qualquer forma de caridade praticada por estes charlatães.

Mentira tem perna curta. Curta, mas que pode andar por muito tempo

Brasileiros adoram mentiras. Mentiras boas, felizes, caridosas, que venham de fontes confiáveis. A realidade é triste, feia e cruel, portant...