Aversão a aborto e a eutanásia são enxertos católicos

Os brasileiros que pensam que são "espíritas" sabem muito bem que a igreja deles, sem qualquer base científica, condena o aborto e a eutanásia, mesmo quando elas se tornam necessárias. Pensam os "espíritas" brasileiros que isso é um "atentado a vida" e "insubmissão" ao velhinho de barba branca* que eles chamam de "Deus".

Na verdade essa aversão ao aborto e a eutanásia, não são do Espiritismo original, que diz que "tudo é permitido, mas nem tudo é conveniente". A aversão a essas tentativas de morte necessária foram importados pelo Catolicismo inserido na versão brasileira - e deturpada - da doutrina, fundada por dissidentes católicos, orientada por espíritos de padres, madres e similares e cujo maior "líder", Chico Xavier, era católico fanático praticante e nunca largou a sua crença, preferindo aumentar o repertório de enxertos.

Avessos a ciência, embora adorem bajulá-la, os "espíritas" se limitam argumentos moralistas para reprovar o aborto e a eutanásia, ignorando os motivos que poderiam levar a sua necessidade. 

Ou seja, falta argumentos convincentes para que concordemos com os "espíritas" que permitem que pessoas vivam vegetativamente e que nasçam crianças com sérias deformidades e/ou demências graves ou que sejam filhas de atos violentos de sexo, como o estupro. 

Os próprios "espíritas" também se omitem na hora de oferecer sugestões de solução para compensar a proibição do aborto e da eutanásia. Fica aquilo de "papai do céu não quer, não faça", um argumento que além de realista, soa infantil e alienado. 

É querer colocar a devoção a "Deus" acima do desejo de melhoria da qualidade de vida dos seres humanos. Mais uma vez a fé cega colocada acima da racionalidade. 

O "Espiritismo" brasileiro só vive cometendo erros e ao invés de corrigi=los, os consagra e passa adiante, pois é favorecido pela ignorância de seus fiéis, que mesmo sendo de elite e com diploma de nível superior em sua maioria, aceita facilmente as asneirassem sentido que são transmitidas irresponsavelmente em "palestras" (sermões) em centros "espíritas".

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*OBS: Segundo Divaldo Franco, uma das lideranças do pseudo-Espiritismo, "Deus é uma pessoa do sexo masculino e isso está perfeitamente correto". O líder entra em total oposição ao que diz a codificação, que classifica "Deus" como "inteligência suprema e causa primária sobre todas as coisas", o que deixa subentendido que "Deus" sequer é um ser, muito menos um espírito ou uma pessoa.

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