Evangelho Segundo o Espiritismo é uma análise do Novo Testamento, não uma adaptação dele para espíritas

Que mania os espiritólicos tem de entender tudo errado e (pior!) difundir esses erros! Eles sonham em transformar o Espiritismo, que surgiu como ciência, em uma seita religiosa como outras quaisquer, com direito a dogmas fantasiosos, rituais, sacramentos e até líderes divinizados!

Um dos hábitos dos espiritólicos é acreditar que o livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, escrito por Kardec após análises feitas por espíritos de passagens criteriosamente selecionadas do Novo Testamento bíblico, é o próprio Novo Testamento adaptado para o Espiritolicismo. Alto lá! Não é nada disso que vocês estão pensando!

Kardec fez uma série de pesquisas que resultou no trabalho conhecido como codificação espírita. Mas, não se limitou a estudar o mundo espiritual, as comunicações e seus efeitos. Se interessou pela parte moral, por ser um educador, querendo saber que tipo de personalidade os espíritos tinham e poderiam adquirir com a evolução do caráter e do intelecto (este, um aspecto desprezado pelos espiritólicos). 

No famoso livro, Kardec pega algumas passagens atribuídas a Cristo e as analisa friamente, sem pieguice, mas de maneira clara e objetiva, tentando explicar o que de fato o homem mais famoso do mundo ocidental quis ensinar à humanidade.

Mas como os espiritólicos são chegados a enxertos católicos (o que ajudou muito a atrair espíritos de padres, freiras e sacerdotes para "dar pitaco" na compreensão doutrinária), o livro foi recebido como se fosse o próprio Novo Testamento, só que adaptado ao que os seguidores desta forma misturada de Espiritismo acreditam. Os espiritólicos o tem como "livro sagrado" e por isso mesmo é o livro da codificação que tem maior popularidade.

É mais uma prova de que os seguidores do médium católico Chico Xavier, que vivem orgulhando de se auto-definir como "espíritas", mas cada vez mais catolizados, não conseguem entender as obras da codificação, se recusando a ler por preguiça de raciocínio, preferindo as ilusões piegas que tanto estragam a compreensão da doutrina na sociedade brasileira.

E mesmo sendo lido por um grande número de pessoas, ele não é estudado como se deveria fazer, sendo apenas objeto de culto ritualístico, mas com seu conteúdo ainda bastante ignorado por aqueles que pensar estar seguindo as orientações da bela obra kardeciana, que nunca teve a intenção de seguir ou "glorificar" o chamado "Evangelho" (esta uma palavra que deveria ser estranha à doutrina).

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